segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

#2 - Um conto por 2 contos: Quando o rapaz desistiu de tudo.

Era um domingo de sol e calor. Primeiro dia do maravilhoso, porém sofrível, horário de verão.
E, nesse dia, ocorreria o concurso de separa os meninos dos homens - ou não - chamado aqui em terras tupiniquins de vestibular.


Dentre tantos candidatos, de todos os estilos - daqueles que se reúnem, com a turma do cursinho, uniformizados, para gritar e extrapolar dizendo que "sua vaga é minha" na mais barata das psicologias de medo que você pode ver por aí, até aqueles que preferem a discrição como arma nesse nicho competitivo - estava ele, o rapaz que, aparentemente, havia desistido de tudo.

Abrem-se os portões, a galera perdida - em pensamentos, em localização, e até mesmo na vida - começa a entrar e se encontrar nas inúmeras salas. Muitas pessoas, muitos destinos, desejos, desafios e realizações, concentradas em um espaço, pequeno até, se comparar todas aquelas expectativas.

Fecham-se os portões, e muitos são deixados do lado de fora com seus sonhos. Apenas algo que eu costumo chamar de seleção natural... E tem-se início a prova, que põe tantos futuros em xeque.

O rapaz que desistiu de tudo tenta, se esforça, olha para os lados, olha para cima. Parece implorar por uma ajuda divina. Ou está apenas esperando que o tempo passe e ele possa ir embora. Porém, a hora de clausura passa, e já é permitido que se deixe o recinto. E ele continua ali, da mesma forma já mencionada anteriormente.

Passam-se as horas, e, após toda prece ou questionamento, ele parece ficar sem reação. Faltam apenas 10 minutos para o fim quando e resolve por fim na situação, e sai da sala.

Nunca saberemos se o rapaz que desistiu de tudo e entregou seu gabarito em branco realmente teria desistido, ou se, para começo da história, ele nem queria estar ali, estava apenas cumprindo um acordo que fizera com seus pais, para que parassem de lhe encher o saco.

Esse texto pode ter sido baseado em fatos reais, em situações e pessoas que vi. Ou em alguma ideia louca da minha cabeça. Você sempre vai ficar na dúvida.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

#1 - Haikai: Augusto dos Anjos Style.

Minha auto estima foi parar no lixo.
Fui procurá-la e voltei,
Mais esculhambada do que antes.

sábado, 1 de novembro de 2014

#1 - ALOCA Indica: Comediantes em carros "buscando" café.

Pois bem, por mais velha que me sinta hoje em dia, com pessoas nascidas depois da conquista do tetracampeonato de futebol da Copa do Mundo da FIFA pelo Brasil já tendo o direito garantido por lei de poder dirigir um automóvel, eu ainda era uma criança na década de 90. E uma criança que morava no interior (acreditem, nos anos 90 morar no interior era poder escolher entre apenas 2 canais de TV, a Globo =/ e a Manchete <3, ou ser "ryco" suficiente para poder comprar uma antena parabólica, que não é o caso aqui). Então meu auge nessa década foi Sailor Moon e Cavaleiros do Zodíaco, ok? Minha mãe, desde que eu lembro, nunca teve muito tempo pra ver TV - Ou fazer qualquer outra coisa que não envolvesse trabalho - então muita coisa clássica daquela época eu fui ver agora, depois de "velha".

Jogando com a sinceridade aqui, todo mundo tece milhões de elogios a Friends, o que é mais do que justo, mas essa década teve muita coisa boa, mesmo! E foi graças a amigos das internétes da vida que esse nome surgiu na minha vida como a luz que surge no fim do túnel: Seinfeld. E confesso que ainda não assisti todos os episódios, porque é um humor refinado, que minha geração não entende direito (ou sou só eu?), e devagar eu vou degustando, já com medo de acabar. Podem me chamar de exagerada, que o negócio tem 9 temporadas e tal, mas quando a gente gosta, a coisa passa muito rápido.

Mas a grande satisfação desta postagem é falar do projeto momentâneo desse cara que é gênio no que se dispõe a fazer. A série chama Comedians in cars getting coffee e, sem brincadeira, é isso aí mesmo. Jerry escolhe um carro clássico, liga para um amigo comediante e pergunta se o caba tá afim de tomar um cafézinho. Vai até a "casa/hotel/pardieiro" que a pessoa se encontra e passeiam até chegar em alguma lanchonete/restaurante super simpático onde pedem café e algo pra comer. E as conversas são as mais absurdas possíveis (pelo menos nos episódios que assisti). Simples e genial, não?

Meu inglês não é lá muito bom, e algumas "piadas" eu realmente não entendo, e o único contra entre tantos prós é o fato de não ter legenda =(       ***Alô, alô Crackle, Sony e Acura, façam o favor de legendar sapoha!***       mas nada tão grave assim.

Destaque para o vídeo com o Ricky Gervais enlouquecido, ateu chamando por Deus de tanto medo da direção do Jerry, e para a participação do Goerge Constanza, o ser mais simpaticamente irritante da história das séries de TV norte-americanas.


Ricky Gervais
"Mad Man in a Death Machine"


George Costanza
"The Over-Cheer"

Para ver os vídeos, cliquem na imagem que vai direto para eles no site do projeto.

Todas as imagens aqui são de propriedade de seus produtores. 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

#1 - Papo sério: Separatismo e a dádiva de poder mudar de opinião.

Não sei nem como começar isso aqui, só sei que o sentimento é de medo.

Tô triste que não achei o gif desse momento inesquecível da política brasileira =(

Vou começar expondo uma vergonha que tenho guardada lá no fundo do âmago: eu já fui pró separatismo. Toda pessoa que nasceu no sul é, em algum momento da vida. Não sei se é o orgulho demasiado, a forma de criação, o que a gente vai ouvindo durante o desenvolvimento da nossa personalidade, mas temos essa tendência.

Mas o que eu quero enaltecer aqui é o dom de poder mudar de opinião.

Essas eleições foram muito interessantes do ponto de vista do envolvimento do povo brasileiro com o futuro da nação, com a política. Vi um lado de pessoas próximas que eu não pensava existir, tanto pro bem quanto pro desprezível, e vi gente que eu "julgava" ser de uma maneira sendo totalmente diferente, e essas sim, pra um jeito muito bom. Me decepcionei com pessoas que, em tempos da informação só faltar vir dar na nossa cara, compartilhavam montagenzinhas toscas com imagens facilmente rastreáveis pelo Google Imagens com dizeres que, se não ressaltavam um ódio de algo que não fazia sentido, mostrava um pouco da ignorância e imbecilidade do cerumano.

Aprendi a analisar os fatos, levar em consideração os diversos argumentos e a pesquisar muito antes de formar uma opinião. Minha candidata (Lulu diva coração com a mão pra você, sua linda) não tinha chances, mas isso não me impediu de apoiá-la no primeiro turno, com muita convicção e orgulho. Defendi a Dilma sim, numa questão de gênero (porque chamar a presidenta de vadia é fácil, mas ofender o homem candidato ninguém quer né?) mas não votei nela. Como eu li por aí, estávamos entre a cruz e a caldeirinha...

É, jovens, não tá fácil pra ninguém, mesmo.

Mas o que me deixa triste é a atitude xenofóbica das pessoas. Dizendo que o cara que mora lá não sabe votar, só porque aquele que era o favorito da pessoa não ganhou. Pôxa, ninguém vai ser super heroi, entrar lá e revolucionar, transformar um país emergente em país desenvolvido, assim, em quatro anos. Até porque tem as alianças políticas... Seja esquerda, direita, centro, diagonal, etc, vai ter que se aliar com gente que podemos não aprovar porque necessitam de apoio pra projetos e leis serem aprovados. Ou tu é ingênuo ao ponto de acreditar em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa?

Antes de ser intolerante, pense que agora nos resta guardar as propostas do atual governo e cobrar sim. Mesmo que isso envolva mais protestos nas ruas. E por favor, se informem antes de virem me falar que "Ah, protestou em 2013, votou na Dilma em 2014". Matematicamente é impossível que, mesmo que todas as pessoas que estavam nas ruas votassem na oposição, ela ganharia. E, convenhamos, não tínhamos opções de MUDANÇA mesmo no 2º turno.

Agora vejam esse gráfico:
Comparem como a coisa realmente é, não sejam ~levianos~ ao ponto de ver o 8 ou o 80!

Enfim, não consegui me expressar lindamente, até porque tá tarde, eu tô com fome e não sou escritora profissional. Só quero que haja uma certa reflexão sobre o que aconteceu, o que está acontecendo e o futuro do país. Não sejam covardes com avatar de luto, LUTEM!

Pra terminar um separatismo do humor e 2 canções para refletir:

Isso aqui ninguém discute, né?

All you need is love 
Love is all you need 
Imagine all the people, living life in peace <3
E, antes do fim, em que mundo o Lucas Lima é mais coerente que você? #Reflita
Pense nisso, e boa noite!

Fonte das imagens: Google, Facebook.
Música: You Tube
Twitter

sábado, 25 de outubro de 2014

#1 - Um conto por 2 contos: DR de busão.


Era uma moça, e, ao seu lado, um rapaz um tanto exaltado. O assunto, que levava ele a gesticular mais que um italiano tentando fazer valer a sua opinião, e ela, a chorar em silêncio, balançando a cabeça positivamente - e ficando a encarar o chão- e ensaiando palavras monossilábicas sempre que o ônibus fazia uma curva mais fechada, poderia ser desde um ato de ciúme costumeiro até uma lição de moral por ela ser sempre tão boazinha com todos e sempre abusarem de sua boa vontade.

Eu não sabia, e também não cabia a mim tirar os fones de ouvido para descobrir. O que eu sabia - e, provavelmente o rapaz que dividia o assento comigo aquela noite também - era a situação incômoda que aquela cena trazia, principalmente para quem assistia tudo aquilo de "camarote".

Assim como o caminho com suas descidas e elevações, a discussão dos dois parecia sincronizada. Em alguns momentos de calmaria, onde ela parecia ter secado as lágrimas e a coisa ficava mais branda, e, como o próprio caminho tomados por todos naquele veículo - assim como na vida - havia uma curva, uma reviravolta, uma elevação. E lá se ia a calmaria...

E assim, nos quase trinta minutos de trajeto, ficamos face àquela situação que parecia ter um longo caminho até o destino final.

Porém, chegamos ao ponto final do espetáculo e tivemos de nos separar. Até hoje me pergunto e desejo que o restante do caminho deles tenha sido de retas, em todos os sentidos.
Esse texto pode ter sido baseado em fatos reais, em situações e pessoas que vi. Ou em alguma ideia louca da minha cabeça. Você sempre vai ficar na dúvida.
Texto originalmente em: Sacaneamento Básico - Wordpress
Imagem: Pexels - gratisography.com - allthefreestock.com

#1 - Música: A. A. Bondy - O novo folk que você precisa conhecer

Criei esse blog pensando em compartilhar com as pessoas coisas bacanas, que possa dar uma graça ao cotidiano. E depois de pensar bastante sobre o que escrever para dar o pontapé inicial desta bagaça, foi numa feliz coincidência que hoje resolvi colocar músicas no celular - pra não depender tanto do Spotify - e choveu em Curitiba. E quando preciso encarar o ônibus, e o clima é frio e chuvoso, não existe ninguém melhor que ele.

Me sinto mais feliz ainda em compartilhar esse artista que descobri sozinha, num vídeo de batidas de carros antigos que o pessoal do trabalho estava vendo num momento de procrastinação qualquer. Acredito se tratar desse vídeo aqui:


Em um mundo sem Shazam (ou meu celular era muito bosta na época), eu, que não tinha visto o título do vídeo, apenas o conteúdo, "descobri" o nome da música sozinha e encontrei aquele que seria um dos meus artistas preferidos.

O que os sites dizem:
Auguste Arthur "A. A. Bondy" Também conhecido como Scott Bondy é um cantor de Folk/Alternativo de Birmingham - Alabama.
Vocalista e guitarrista da banda de grunge Verbena, que ele fundou em meados dos anos 90 enquanto ainda estava no ensino médio.
Após o término de Verbena, em 2003, ele grava seu debut solo "American Hearts", que é lançado em 2007  que mostra uma virada musical, uma sonoridade mais folk tradicional e minimalista, com o uso de violão e gaita.
O segundo álbum "When the Devil's Loose" é lançado em 2009 e o terceiro "Believers" em 2011.
O que eu tenho a dizer:

O primeiro álbum dele é disparado o mais "agitado". Pelo menos 4 músicas ali não são lentas, e uma tem uma acidez que não consigo explicar em palavras. Porém "When the Devil's Loose" e "Believers", pra mim, na maioria esmagadora das vezes (A. A. Bondy, pra mim, na maioria esmagadora das vezes) é um tipo de som mais introspectivo, reflexivo até ouso dizer. É aquilo que você vai por no foninho quando está meio triste só pra desgraçar de vez a coisa toda. É o cara que você vai decorar todas as letras em menos de uma semana ouvindo direto, pois são composições muito bem construídas e você ainda vai se pegar assoviando alguma canção dele.
Enfim, coloque o fone no ouvido, entre no busão e finja estar num clipe de música deprê, pois A. A. Bondy tá aí pra isso. A pena mesmo é Brasil não ser mercado e dificilmente o cara pise aqui pra nos fazer sofrer ao vivo.

Fontes:

 Redes sociais do artista:

 Ouça todas as músicas aqui:


Conhece a obra do rapaz e discorda veementemente das minhas afirmações? Entre em contato pelos comentários e vamos debater de maneira saudável! Quem sabe a gente concorde, no final das contas!

E só pra deixar claro que eu não sou crítica de nada. Porém, sou apreciadora de muita coisa. E esse é meu jeito de tentar te convencer que vale, sim a pena, perder alguns minutos da sua vida pra conhecer um artista danado de tão bom. Enjoy!!

Texto originalmente em :Sacameamento Básico - Wordpress

Olá! Essa sou eu, mudando de plataforma.

E aê galere! Pra quem curtiu um pouco dos poucos (leia-se dois) posts que eu fiz no blog que tá lá no Wordpress, seja por gostar das coisas que escrevo, pra me dar apoio, ou porque eu enchi o saco pra que vissem todo o meu conteúdo - carência intelectual define - eu digo que mudei.

Tava disposta a adotar aquela plataforma por ser mais ~profissional~ e, justamente por isso, e pelo fato de eu não querer ter de depender de um servidor web, um banco de dados e blábláblá pra poder instalar um administrador mais poderoso pra fazer qualquer modificação de layout que eu voltei para aquela que foi a minha primeira plataforma, e que me deixa mais à vontade pra fazer qualquer coisa.

Espero que não fiquem tristes com a mudança, e que continuem me apoiando, seja por qualquer das "opções" listadas acima.

Vou deixar pra aqui uma musiquinha pra dar uma animada no sábado e pra ficar morrendo de vontade de voltar para os anos 90. E vou lá importar meus posts do wordpress pra cá. Me desejem sorte!


Até a próxima! =D